segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Entre a margem lunar e solar...

Há mensagens – cujo sentido e implicações na nossa vida não conseguimos descortinar – que têm o poder imenso de transtornar todo um processo que já mostrava efeitos…
Há visões e frases – por certo com lógicas compreensíveis – que se assemelham a um calduço dado pelo irmão mais velho, enquanto, ao mesmo tempo, nos pergunta “mas que raio estás tu aqui a fazer?”…
Há perguntas – aparentemente inofensivas e inocentes, mas tantas vezes alvo de rejeição e repulsa – cuja imagem provocada na mente é apenas um aviso… “Cuidado – Vai expl… Explodiu”…
E depois há todo um rol de sentimentos consequentes de pequenos e grandes momentos recentes ou abafados pela vontade de esquecer, de não pensar, de fingir que não aconteceu, que não acontece e que nunca acontecerá!
Há dias em que a única coisa que queremos ouvir é o nosso silêncio e o silêncio dos outros, e se for para falar, que seja para dizer “Não estou cá!”, mandando assim tudo e todos passear em tempos de crises.
O que me vale, é que a minha bipolaridade tem um barco a motor entre as duas margens! Lol Às vezes este lá se engasga um bocadinho, mas é nessa altura, embora muitas vezes me tenha feito de preguiçosa, que agarro nos remos e toca a voltar para a margem do Sol!
Mas como, apesar de tudo, há certas lições que não se conseguem aprender nem se abandonam certos hábitos e costumes de um dia para o outro… Vou deixar os remos aqui de lado… Não vá a gasolina aumentar muito! c”,)

*Sem nada a declarar, por nada ter aprendido…

2 comentários:

Sissa disse...

Dá tempo ao tempo... :)

Anónimo disse...

Gostei =)

Da tua redacção do texto, bem como da tua exposição e reflexão sobre o absurdo da condição humana. Na verdade, quem não é afectado minimamente na sua vida pelo pragmático existencialismo humano, e não deixa essas perguntas emergirem do seu profundo em momentos mais delicados ou mais marcantes, é porque infelizmente ainda não conseguiu ultrapassar a crónica sensação humana tão antiga como a Humanidade de que a vida é um sonho.

Deixo-lhe, donzela Nãosesa, umas pequenas palavras que me apraz dirigir-lhe não só após a leitura desta sua nãoreflexão, mas também graças à sua ritmada e graciosa condição feminina:

"O corpo da mulher era assim. Se o contemplássemos detidamente, podíamos vê-lo mover-se ao ritmo do mundo, o ritmo profundo, a música por baixo da música, a verdade por baixo da verdade"

by Salman Rushdie