domingo, 10 de janeiro de 2010

"Eu não desconfio... Simplesmente não confio."

Quem me conhece sabe que esta é daquelas frases que me saíram em algum momento de inspiração profunda... A inspiração foi-se, como sempre! Mas a frase ficou!
Porque faz sentido.
Porque é assim.
Porque eu sou assim.

Eu sei que a culpa de não acreditar nas pessoas é minha.
Eu sei.
Porque sou daquelas pessoas que acredita e defende que cada pessoa é responsável pelos seus próprios actos... Mesmo quando envolve outras pessoas, pois somos nós que decidimos o nosso comportamento final.

E eu decidi que tu não serias uma raríssima excepção a uma das minhas principais barreiras, é certo! Mas tu também não fazes por transpô-la, ou estarei errada?
É possível..
É natural em mim...
É um estado.
Não, é um tipo.
Um estado "está", um tipo "é".

Eu nunca confiei em ti a 100%, é certo, mas acreditei algumas vezes e, em certa medida, houve momentos em que confiei... Um bocadinho, mas confiei.
Mas agora não consigo, Eu esforço-me, podes pensar que não, mas eu esforço-me. Mas não consigo e tu nada fazes para que as coisas mudem.

"O verdadeiro amor mantém-se nas horas más" - não era esta a frase, mas era a ideia.
"Vê-se que um casal se ama quando conseguem rir juntos" - continua a não ser frase, mas a ideia também está lá...

Tu tiveste em várias horas más! Nas minhas solitárias horas más e que só a mim me dizem respeito.
Na nossa primeira hora má, fugiste.
Na nossa segunda hora má, revoltaste-te através de uma boca brejeira.
Na nossa terceira hora má, magoaste-me através da tua indiferença, palavras rudes e insultos baratos (aí abri-te uma excepção! Devias ficar contente! Eu acredito nas tuas palavras. Pareceram-me todas muito mais verdadeiras do que as milhares palavras afloreadas que me disseste até então).

Na primeira voltaste.
Na segunda fizeste até te esforçaste para que eu te desculpasse.
Na terceira pouco ou nada fizeste - Aquele pedido de desculpas continua a não contar. Porque "desculpa" é dito quando é sentido, e não porque "é o que a outra pessoa quer ouvir ou está à espera que se diga".

Mas não consigo deixar de achar curioso como tu te esforças sempre tanto por me cativar, fazer bem, animar e tentar enamorar-me e casar-me... Mas tão pouco para mudar as coisas quando estas mudaram para o lado negativo.

Não digas que não sabes como me dizer coisas! Não te preocupes com isso! Não tens que dizer nada!
Tu não me amas. Eu não te amo.
Tu não te ris comigo. Eu já não rio contigo.
Vês como a vida é simples? Vemos um mix de filme romântico/acção/comédia e obtemos as nossas respostas.

Eu vou continuar a não desconfiar de ti. E vou, simplesmente, continuar a simplesmente não confiar nas tuas palavras.
Não as digas.
Por favor.
Estou cansada. E tu, por certo que estás cansado de dizê-las.

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